
No domingo ao entrar no elevador vi uma família, entre os membros, uma criança. Um menino que deveria ter seus 4 aninhos. Ele ficou olhando pra mim fixamente e sorriu.
Ah, aquele sorriso, lembro até agora, era o sorriso mais sincero que alguém poderia me dar naquele momento. A mistura de ingenuidade e certa “sabedoria” daquela criança me comoveram. Ao sair do elevador ele me deu tchau, mas seu olhar expressava algo a mais, um olhar de apoio: “vai dar tudo certo”. Ao entrar em casa respirei fundo, de alguma forma aquele menininho mexeu comigo. Mostrou que um sorriso pode mudar nossa forma de ver certas coisas.
Em alguns momentos da vida, somos pegos de surpresa e muitas vezes nos perguntamos, e agora? Peço para sair ou fico? G-sus, que situação!
O jeito é respirar fundo, pensar na questão, mentalizar a cor verde para manter o equilíbrio, pronto. No final você percebe o quanto cresceu e se tornou maduro. De fato, os problemas aparecem para testar o nosso nível de maturidade.
O sorriso daquele menino me fez resgatar quem sou eu, pois havia me perdido por algumas horas. Não tenho dúvidas que ele estava exatamente no momento certo para lembrar que problemas e situações ruins fazem parte da vida. Porém, se quiser torná-los maiores do que eles realmente são, eles serão. Ou, se preferir, pise em cima do assunto e encerre-o de vez. Afinal, a vida é simples de mais para ser levada tão a sério!
Finalizo o meu post com o Fernando Pessoa:
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo de travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos.”